Roberto Campos: 105 anos do nascimento do grande pensador do liberalismo no Brasil
Há 21 anos, o Brasil perdia um dos maiores pensadores e políticos brasileiros, responsável por ascender o liberalismo no país e renovar a esperança daqueles que ansiavam por desenvolvimento. É pela importância das ações de Roberto Campos para o Brasil e pela seriedade de suas ideias que a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) e o Congresso Nacional organizam uma sessão solene em homenagem aos 105 anos de nascimento deste grande autor. O evento ocorrerá nesta terça-feira (26), às 10h, no Plenário do Senado.
Foi pela coragem de tentar uma mudança política e econômica no Brasil que Roberto Campos tomou fama, quando quebrou mitos e tabus sobre o capitalismo e mostrou que somente com o liberalismo alcançaríamos a liberdade almejada. Conhecido como “neoliberal” pelos admiradores e como “Bob Fields” pela esquerda, o mato-grossense levantou bandeiras como a austeridade monetária, a privatização das empresas estatais, a redução das regulamentações econômicas e a abertura ao comércio exterior.
Campos teve uma vasta trajetória na política: assumiu cargo de ministro, criou instituições como o BNDE e fez parte do corpo fundador da Petrobrás, além das suas ideias e ações enquanto senador e deputado. O primeiro governo de que fez parte foi o de Getúlio Vargas, quando trabalhou na assessoria econômica e no Plano de Metas. Na presidência de Castelo Branco, assumiu o cargo de ministro do Planejamento, estabelecendo as diretrizes do famoso Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG).
Enquanto embaixador, representou o Brasil em Washington, onde tratou direto com o presidente americano na época, John Kennedy. Ele também atuou como embaixador do país em Londres durante o governo de Geisel, época em que criticava as decisões econômicas dos militares, desde o governo de Costa e Silva.
Campos foi um dos principais críticos à Constituição de 1988, escrita ao fim do regime militar, enquanto assumia o cargo de parlamentar. Para ele, a Constituição de 1967 deveria ser preservada, modificando somente os dispositivos autoritários. Na sua visão, a Constituição de 1988 era intervencionista no aspecto econômico, já prevendo as dificuldades em governar que enfrentamos hoje. Ele também foi um dos principais apoiadores do Plano Real, dos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, além de ter apoiado as bandeiras liberais prometidas por Fernando Collor, enquanto candidato.
Apesar das tantas derrotas enfrentadas pelo liberalismo no país, Campos faleceu em 2001, convicto de que, um dia, o Brasil poderia recuperar seu fôlego econômico e se tornar um país desenvolvido e livre, pelo qual tanto trabalhou.
Por estes motivos, entre tantos outros, é com honra e gratidão que a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, que defende assiduamente a ascensão do liberalismo, organiza um evento em homenagem a este grande pensador e político brasileiro, Roberto Campos. Seus livros, ideias e ações deixaram rastros de esperança de que ainda poderemos alcançar um Brasil mais livre e mais justo para todos.